CADÊ VOCÊ?

A sua sala vazia, o quadro sem vida na parede,
as flores sem perfume produziam um ar artificial,
no sofá apenas um fio do seu cabelo uma peça importante sua,
que me faz acender a esperança de te ver...

A saudade perambula pelo silêncio,
os olhos naufragam de um lugar para o outro a procura
de vestígios de alguma coisa que me levem a você.

E no entanto não sei dizer, nem o que eu vou fazer,
se eu finjo não pensar, me vem o seu cheiro,
me vem o lugar que a faz lembrar...

Se eu me lembro me vem a culpa e
a desculpa para não lhe encontrar.

Mas mesmo assim você se transforma na senha,
você se faz e desenha no meu pensamento e quase morro
e queimo por dentro nesta paixão a me ascender.

Eu amo você mas não sei por que, se foi por amor,
ou ilusão que o meu coração ficou indeciso
só para eu lhe perder.

Agora eu digo venha,
e você me diz pare  eu não amo mais você...

Mas que coisa louca, quero rasgar as minhas roupas sair
nú a correr por ai gritando só para você saber
que eu ainda amo você